Estado de Minas
postado em 15/04/2014 09:51
Um dos versos cantados por Sam Alves pode resumir o que ele, Lucy Alves e Dom Paulinho Lima estão vivendo nas últimas semanas. ;As gotas de chuva sempre mergulham juntas em um louco temporal;, diz a música, que remete ao processo de ;imersão total; do trio no processo de divulgação dos respectivos álbuns de estreia, lançados este mês.
;É uma rotina corrida e prazerosa, pois concretiza um trabalho importante. O disco sai para fechar o ciclo do ;The voice;. A correria vale a pena;, comenta Lucy. Ela foi finalista da última edição do reality da Rede Globo, vencida por Sam. Dom Paulinho também participou, mas não chegou à reta final.
Depois de 11 anos trabalhando com a família no grupo Clã Brasil, Lucy Alves leva para o CD solo suas raízes nordestinas. Multi-instrumentista e sempre acompanhada por sua sanfona, ela divide ;Morena tropicana; com Alceu Valença. Os dois, aliás, já fizeram turnê juntos. Passaram por Belo Horizonte há dois anos.
Sem medo do rótulo de artista regional, Lucy avisa: ;Sou uma cantora brasileira. As canções fazem parte do meu repertório particular, da minha vida;;. Do forró de ;Qui nem jiló; (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira) à MPB de ;Olhos nos olhos; (Chico Buarque), o repertório traz uma inédita que ela ganhou de presente de Marisa Monte e Carlinhos Brown. ;Essa música é leve e feminina. Ele a cantou para mim tocando violão;, conta Lucy a respeito de ;Se você vai eu vou;. A moça pretende investir em sua faceta autoral nos próximos trabalhos. Por enquanto, gravou ;Amor a perder de vista; no disco batizado com seu nome.
A voz Sam Alves convida para seu pop dançante na canção ;Be with me;, cuja letra foi escrita por ele. Cearense criado nos Estados Unidos, o jovem eleito ;a voz do Brasil; desistiu de seguir carreira na medicina para se dedicar aos palcos. Ele fez questão de incluir no repertório ;You;re love;, de Josh Gorban, pois a canção resume sua própria vivência. ;A gente carrega o aprendizado da vida, aprende a não desistir. Agarrei o sonho com todas as forças. No programa, tentei fazer o melhor;, afirma Sam.
O cantor, que cresceu ouvindo música por influência da família, já trabalhou em peças de teatro e participou de corais de igreja. Sentiu que a sorte chegava quando sua interpretação de ;A thousand years; alcançou Christina Perri, autora do tema de um dos filmes da saga ;Crepúsculo;.
;Muita gente elogiou e fiquei muito supreso com o alcance dessa música. Até a Christina elogiou nas redes sociais;, conta. Agora, com o disco gravado, espera-se a performance ao vivo de Sam. ;Quero muito sair pelo Brasil;, enfatiza ele, contando com o apoio dos autodenominados samurais ; integrantes do fã-clube do artista.
Alento O soul dita a alma do CD do cantor Dom Paulinho Lima, que gravou clássicos como ;Let;s get it on; (Marvin Gaye) ; marca de sua estreia no ;The voice;. Eliminado, ele recebeu o convite para gravar o disco nos camarins do programa. ;Estava triste e, de repente, veio a notícia. Nossa! Foi um alento muito grande;, recorda.
Com 35 anos de estrada, ele conta que o CD solo veio concretizar um sonho. ;Fui meio produtor, meio pitaqueiro. Até pedi para tocar bateria, acho que enchi o saco do pessoal;, brinca Dom. O apelido foi dado por Tony Tornado ; astro do soul brasileiro ;, depois de dançar ao som de uma canção de James Brown interpretada por Paulinho. A homenagem foi retribuída: o ;pupilo; regravou ;BR-3;, a canção mais conhecida de Tony.