A professora Luciane Gonçalves, que levou uma turma de dez estudantes para a Bienal, considera a participação dos alunos ;muito positiva;. ;É um momento único para ampliar o acesso à cultura, inclusive outras formas de cultura, para além do que eles já conhecem na escola.; Luciane destacou que os jovens gostam muito dos livros e saem da Bienal com mais vontade de conhecer.
Segundo a professora, mais alunos de sua escola gostariam de participar do evento, mas faltou transporte para levá-los de Brazlândia, também no Distrito Federal, para a Esplanada dos Ministérios, local do ;Foi preciso fazer sorteio para organizar as turmas nas 40 vagas do ônibus; disponibilizado pela Secretaria de Educação do Distrito Federal.
De acordo com a organização da Bienal, 15 mil estudantes de escolas públicas e privadas participam, todos os dias, do evento. A cada turno, têm sido feitas 200 viagens em ônibus fretados para garantir a presença de alunos vindos de outras cidades do Distrito Federal.
Na Arena Jovem Cecília Meireles, o texto A Farsa da Boa Preguiça, de Ariano Suassuna, foi apresentado a uma plateia de adolescentes. A produção, do Grupo Teatro Guará PUC, de Goiás, fez com que a estudante Isabel de Jesus, de 15 anos, repensasse valores. ;Eles mostram que não vale a pena ser avarento. Deram uma lição de moral mesmo, incentivaram a ajudar as pessoas;, disse Isabel.
Ela ressaltou que o teatro é interessante por chamar a atenção tanto pelo aspecto visual quanto pelo conteúdo das peças, mas lembrou que a arte ainda pode ser mais popular: ;Quando tenho dinheiro para ir, eu vou. [O teatro] ainda não é muito acessível, mas é um formato bom para conscientizar as pessoas.;