Na empreitada da juventude, a cantora explorou novas maneiras de registrar os sons que saíam de suas cordas vocais, adicionou efeitos psicodélicos aos instrumentos regionais e temperou a mistura com ruídos capturados na natureza do Pantanal. Formado por composições da intérprete em parceria com Carlos Rennó, Arrigo Barnabé e com os irmãos Geraldo e Celito Espíndola, o álbum solidificou a posição de Tetê no cenário nacional e arrebatou o troféu da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) na categoria revelação.
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No novo trabalho, Espíndola se despe do frescor quase selvagem com que cantava em ;Pássaros...;; quem toma as rédeas das gravações inéditas é a experiência da artista. "Com ;Asas do etéreo;, sinto a maturidade do meu lado de instrumentista. Escolhi 12 músicas especiais e inéditas que compus durante esses anos", detalha. Além de retomar a parceria vitoriosa com Barnabé, ;Asas...; conta com colaborações de Egberto Gismonti, Dani Black, Jaques Morelenbaum, Duofel, Almir Sater e Hermeto Pascoal, entre outros.
A seleção de novo material passa, mais uma vez, por proposta que foge do convencional nas gravações de MPB. "Para cada composição há um tom da escala musical, um timbre de instrumento diferente e uma emissão de voz única, na qual a novidade é o contralto", explica Tetê. O lançamento do álbum ;Asas do etéreo;, acompanhado da reedição de ;Pássaros na garganta;, marca os 10 anos do Selo Sesc. O pacote está à venda nas sedes do Serviço Social do Comércio (Sesc), ou pelo site da instituição.