postado em 24/03/2014 08:09
Joan Baez era símbolo da contracultura norte-americana havia pelo menos 20 anos quando desembarcou no Brasil pela primeira vez, em 1981. A América Latina estava tomada por ditaduras e, antes de chegar ao país, ela havia passado pelo Chile de Pinochet (onde cantou clandestinamente em uma igreja) e pela Argentina do general Videla. Baez foi ameaçada de morte. No Brasil, a cantora folk e ativista pelos direitos humanos teve a apresentação censurada pelo já decadente regime militar. Voltou para os Estados Unidos sem conseguir cantar para o público daqui.
Uma das vozes mais retumbantes da música de protesto nas décadas de 1960 e 1970, a bela Joan Baez ostentava o cabelo curto e preto em 1981. Ele continua curto, mas, aos 73 anos, perdeu a cor. O canto segue intacto. Desde a última quarta, a artista tem corrigido o erro histórico. Retornou à América Latina, com a turnê An evening with Joan Baez, e já passou por Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. Hoje, ela tem mais uma apresentação na capital paulista. De lá, segue para o Recife; depois, México ; antes Baez cantou na Argentina e no Chile.
A atmosfera dos dias atuais, entretanto, certamente agrada muito mais à artista, defensora da liberdade. Nos anos 1970, ela criticou o governo dos EUA pelo apoio aos regimes totalitários na América do Sul. O álbum Gracias a la vida, de 1974, cantado em espanhol, mostra a força do ativismo da cantora: é um tributo à compositora Violeta Parra e também às vítimas da ditadura chilena.
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