Um dos maiores empreendimentos culturais públicos-privados do Rio de Janeiro, o Museu do Amanhã, no Píer Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro, com inauguração prevista para primeiro de março de 2015, oferece a partir desta quarta-feira (19/2) sala de visitação com vídeos e aplicativos sobre os impactos das atitudes do homem em relação ao meio ambiente.
De acordo com o curador do museu, Luiz Alberto Oliveira, os 80 metros quadrados com vídeos e ferramentas interativas oferecem prévia do que será o museu, de 15 mil metros de quadrados. ;É aperitivo da estrutura narrativa do que será o Museu do Amanhã. Um museu de ciência aplicada, de exploração de possibilidades de futuro: a ideia é que o visitante aqui, nesta salinha, tenha uma primeira mostra do que será o conteúdo completo do museu;, disse ele.
Oliveira explicou que 13 temas são explorados nos dispositivos interativos e nos vídeos, relacionados com cinco grandes tendências: mudança do clima, aumento da população e da longevidade, aumento do número e da qualidade de artefatos mais próximos da população, alteração drástica da biodiversidade e expansão muito rápida do conhecimento.
O local fica no canteiro de obras do museu. A entrada é franca e a sala funciona de terça a domingo das 10h às 17h. A sala conta ainda com maquete do edifício, idealizado pelo arquiteto Santiago Calatrava, que prevê a utilização de recursos naturais do local, como captação de energia solar e uso da água da Baía de Guanabara na climatização do interior do Museu e reutilizada no espelho de água.
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O curador disse que a o museu terá na entrada um portal cósmico de 360 graus. ;É um ovo negro de grandes dimensões. O chão desaparece, o teto desaparece e você é arremessado a escalas do universo que estamos desabituados a experimentar com a vista desarmada,; disse ele. ;Então você vai explorar as dimensões astronômicas, moleculares e a complexidade na vida na terra;, disse ele ao ressaltar que, além da exposição permanente, o museu organizará exposições de arte que dialoguem com a ciência e a proposta do museu.
O museu é considerado pela prefeitura do Rio uma das mais importantes peças do plano municipal de revitalização da zona portuária. Orçado originalmente em 130 milhões, o projeto agora vai custar R$ 215 milhões, custeado com a venda dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) da prefeitura e executados pela Concessionária Novo Rio. É iniciativa da prefeitura e da Fundação Roberto Marinho e tem patrocínio do Banco Santander, que investirá R$ 65 milhões nas obras. O projeto conta também com o apoio do Governo do Estado e do Governo Federal.
O secretário geral da Fundação Roberto Marinho, Hugo Barreto, salientou que o local, que fica ao lado do terminal de cruzeiros do porto, servirá de atração turística e de reflexão para cerca de 1 milhão de turistas que chegam à cidade anualmente em navios. ;A ideia é que o visitante vindo aqui não tenha apenas algumas pequenas informações sobre o museu, mas sim vivenciar as escolhas que ele faz e que afetam o amanhã;, disse Barreto.