Diversão e Arte

Obra Antologia da Literatura Fantástica está entre as mais vendidas de 2013

O livro reúne contos reúne os contos de literatura fantástica de Adolfo Bioy Casares, Jorge Luis Borges e Silvina Ocampo

postado em 28/01/2014 08:12
capa do livro Antologia da Literatura Fantástica
A ficção fantástica é anterior às letras, pois está presente no imaginário dos povos e ajudou a construir culturas. Acredita-se que os primeiros especialistas em histórias com temática ligadas à assombração e a acontecimentos inusitados tenham sido os chineses, mas o assunto está registrado na Bíblia, em Homero e no Livro das mil e uma noites. De acordo com o escritor argentino Adolfo Bioy Casares, a literatura fantástica, como gênero mais ou menos definido, surgiu na Inglaterra, no século 19. ;Há precursores, decerto; citaremos: no século 14, o infante dom Juan Manuel; no século 16, Rabelais; no 17, Quevedo; no 18, Defoe e Horace Walpole; já no século 19, Hoffmann;, lembra, no entanto, Casares no prólogo de Antologia da literatura fantástica, que organizou com Jorge Luis Borges e Silvina Ocampo. O livro reúne as histórias preferidas dos organizadores e integra a lista dos mais vendidos de 2013 da Cosac Naify, responsável pela edição da obra, até então, inédita no Brasil.

A coletânea contém desde ícones da literatura fantástica ; como Kafka, Julio Cortázar e Guy de Maupassant ; até autores pouco conhecidos, como o chinês Tzu Chuang. São 75 contos traduzidos direto do espanhol para o português. ;(..) para organizá-la, seguimos um critério hedônico: não partimos da intenção de publicar uma antologia. Numa noite de 1937, conversávamos sobre literatura fantástica, discutíamos os contos que nos pareciam melhores; um de nós disse que, se os reuníssemos e acrescentássemos os trechos sobre o gênero anotados em nossos cadernos, obteríamos um bom livro. Fizemos esse livro;, disse Casares, na ocasião da reedição, em 1965.

O fato de a literatura transformar os leitores tem sido comprovado por especialistas em todo o mundo, mas a surpresa como efeito literário está em constante transformação, de acordo com o ambiente ou atmosfera em que a trama se desenvolve. Segundo Adolfo Bioy Casares, ;os primeiros argumentos eram simples (por exemplo: mencionavam o mero fato da aparição de um fantasma) e os autores procuravam criar um ambiente propício ao medo. Criar um ambiente, uma ;atmosfera;, ainda é tarefa de muitos escritores. Uma persiana batendo, a chuva, uma frase que retorna, ou, mais abstratamente, memória e paciência para voltar a escrever, de tantas em tantas linhas, esses leitmotive, criam a mais sufocante das atmosferas.;

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