Ricardo Daehn
postado em 27/01/2014 08:08
;Nas minhas respostas, durante as cenas, as pessoas ainda vão estar rindo de você;, reforçava a atriz Andréia Horta, nas filmagens de Muita calma nessa hora 2. Com a comédia em cartaz, o comentário feito para Marcelo Adnet se revela profecia. ;Quanto mais espaço para ele, melhor;, decifra o diretor do longa, Felipe Joffily, ao comentar da entrada no eixo do claudicante Adnet. ;Esses caras não perdem nada: são muito ácidos e sagazes. Eu, nas filmagens, gargalhei durante um mês. Sou acompanhada por quem faz comédia brilhantemente. No começo eu dizia: ;Marcelo, vai bater no peito, pra você fazer o gol;;, conta a atriz mineira que, tal qual as colegas Gianne Albertoni, Fernanda Souza e Débora Lamm, retoma personagem criada há quatro anos, mas com reservas quanto a fórmulas de sucesso. Nas bilheterias, porém, o andamento segue a cartilha do sucesso das comédias: em oito dias, o filme já acumula 600 mil espectadores em público. Com os números do fim de semana pendentes, a expectativa era de mais 800 mil, número que deixa no chinelo o primeiro Muita calma, que totalizou 1 milhão. ;O público ficou mais exigente: quer ter informação e ver coisa boa ; ele não pode ser mais enganado;, defende Gianne, com a experiência das reações ao comando on-line de programa sobre A Fazenda. ;A internet traz hoje um horizonte de liberdade. Para o humor e para tratar de qualquer assunto. Na internet, o Porta dos Fundos inaugurou outra coisa, livre das diretrizes de patrocinadores. Todos têm a ganhar;, completa o ator Luís Lobianco, arregimentado pela comédia coproduzida pelo também corroteirista Bruno Mazzeo.
;O Porta dos Fundos já tem o cuidado do cinema. Som, luz e parte técnica são impecáveis. Para mim é tudo igual: procuro não mudar chave de interruptor. O ator é o mesmo. O que altera é a equação de espaço e volume exigida pelo cinema;, analisa Lobianco, com experiência teatral de 20 anos. Em Muita calma nessa hora 2, ele interage pouco com outro integrante da graça virtual: Rafael Infante.
;O Porta dos Fundos já tem o cuidado do cinema. Som, luz e parte técnica são impecáveis. Para mim é tudo igual: procuro não mudar chave de interruptor. O ator é o mesmo. O que altera é a equação de espaço e volume exigida pelo cinema;, analisa Lobianco, com experiência teatral de 20 anos. Em Muita calma nessa hora 2, ele interage pouco com outro integrante da graça virtual: Rafael Infante.
Idealizado como um filme de verão, com mistura de paisagens, pop (;colorido e pra cima;) o longa, na avaliação de Mazzeo, lançou um ;pacote de estilo; para filmes, ;numa época em que só existia o favela movie;. ;Se não for politicamente incorreto, não há humor. O gênero parte do pressuposto de estar tirando alguma coisa do lugar. Tá expondo algo, botando o dedo na ferida. O brasileiro ri particularmente da identificação. Saber que as coisas mostradas existem é importante: tem paulista que vai pra Jurerê com foguinho!”, diverte-se Mazzeo, em referência aos ditos reis dos camarotes (referenciados no filme).
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