;Antes, parecia que eu estava quebrando um galho. Agora, estou realmente me sentindo o frontman;, diz Digão. Em 2001, ele tomou o lugar do vocalista e letrista Rodolfo Abrantes, que deixou o grupo após se converter à religião evangélica. Havia quem considerasse os Raimundos a maior banda de rock do Brasil naquele momento. O estrondo causado pelo disco Só no forévis (1999) era resultado de um trabalho iniciado cerca de uma década antes. ;Foi uma caminhada;, lembra Digão. Mas, de repente, a trupe perdeu o chão. Os anos 2000 foram vividos aos trancos.
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Cantigas de roda reinicia a trajetória, já que os Raimundos não continuam de onde pararam. É o primeiro disco desta formação, bancado por cerca de mil fãs que, ansiosos, doaram pouco mais de R$ 120 mil para a produção do trabalho. A banda havia pedido menos da metade em um sistema virtual de financiamento coletivo. ;Tá todo mundo morto de fome, sim, mas é preciso esperar o bolo assar.; É assim que Digão encara a expectativa. ;Se a gente tivesse feito antes do tempo, talvez não houvesse o mesmo espaço que agora;, acredita Canisso. A banda promete acabar com a monotonia da última década.
Após a saída de Rodolfo, os Raimundos tiveram que lidar com uma série de problemas, como o rompimento com a gravadora e a crise do mercado fonográfico. Canisso saiu também, foi tocar com o ex-colega no Rodox. Quando retornou, era o baterista Fred quem estava partindo para outra. ;Foi uma bola de neve;, constata Digão. Desde 2007, a nova formação se empenhou em resgatar o espírito dos Raimundos. ;A gente queria se tornar uma banda;, enfatiza o vocalista. O DVD Roda viva, de 2010, com uma música inédita e antigos sucessos, recolocou a banda na agenda de shows Brasil afora. ;A nova formação nunca esteve tão azeitada;, garante Canisso. Em abril, eles se apresentam no Lollapalooza, em São Paulo.
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