Pahor nasceu em Trieste, Itália, dentro da comunidade minoritária eslovena. Durante a Segunda Guerra Mundial, colaborou com a resistência antifascista eslovena e foi deportado para os campos de concentração nazistas. Lecionou por 24 anos literatura italiana e eslovena. Já foi indicado ao Prêmio Nobel de Literatura. Em 1992, recebeu o Prêmio Pre;eren, o mais alto reconhecimento esloveno, por sua atividade literária. Em 2007, recebeu a Ordem Nacional da Legião de Honra do governo francês; e, em 2009, a Condecoração Austríaca de Ciência e Arte dada pelo governo daquele país.
Suas experiências o marcaram profundamente tanto na vida pessoal quanto na produção literária. Os resquícios podem ser observados em seus livros. O autor não se cansa de dizer que o amor é o único valor pelo qual o homem pode ser aliviado do mal. Mais do que um escritor, alguém para se admirar.
Por que escreveu Necrópole?
Eu escrevi para meus amigos que morreram, porque é preciso lembrar que deram a vida pela liberdade. Nos campos de concentração, morria-se por falta de comida, por doenças e pelas mãos dos homens.
O senhor mudaria algo no seu livro?
Mudar? Poderia escrever um livro maior, mas não mudaria nada.
O que gostaria de apagar da sua memória?
Não há como eliminar lembranças. A partir do momento que vivemos algo, podemos deixar de lado, mas não apagar. Tudo que está na memória está ligado a outras experiências. Há memórias terríveis, mas não se deve eliminar porque são ruins. É preciso acostumar-se a elas, acostumar-se para conseguir viver momentos belos. As memórias têm riquezas, mesmo quando tristes.
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