Heitor Humberto de Andrade é poeta conhecido da cidade, principalmente no Café Senhoritas, onde costuma ser visto em reuniões com outros poetas, tão empenhados quanto ele em contar Brasília em verso e prosa. Aos 75 anos, e 15 deles dedicados à poesia, Heitor é autor do primeiro livro que foi queimado pela ditadura militar, Corpos de concreto (1964) ; que teve 100 exemplares salvos graças à iniciativa do filósofo Germano Machado, diretor na época da Imprensa Nacional da Bahia. Jornalista, diz ter fome por notícias e sede por poemas.
O desafio é se encontrar em meio a tantas histórias das quais foi testemunha e personagem. ;Convivendo com a mídia, com escritores, viajando; a poesia é uma forma de absorver tudo que nos envolve e procurar uma síntese. Hoje, com tantas informações, nossa cabeça virou uma confusão tremenda.;
Primo do cineasta Glauber Rocha, Heitor é um poeta marcado pelo imprevisto. O parentesco com responsável por Terra em transe chama a atenção dos desconhecidos, no início, mas o engajamento e a coragem de Heitor acabam conquistando o interloculor, que, ao cumprimentá-lo, é bom que haja tempo disponível para acompanhar as histórias por trás dos versos intuitivos, coerentes com o estilo versátil do mundo que cerca Heitor.
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