Nas três eleições anteriores à do baiano, a ABL elegeu dois jornalistas e um ex-presidente. A literatura voltou à casa com propriedade. A obra de Torres está em processo de revitalização. A Record, que publica o autor, começou a relançar os títulos esgotados ; e são muitos ;, além de edições de bolso. Essa terra, o romance sobre o retirante que se desilude com São Paulo, está na 26; edição e na terceira de bolso. Meu querido canibal, a leitura de Torres para a história do índio que se aliou aos franceses com o objetivo de combater os portugueses, vai para a 10; edição e o Meninos, eu conto, para a 10;. ;E assim vai. Eu fico em estado de graça, porque é tudo que um autor quer. Nada melhor para um escritor saber que está sendo lido. Se isso está acontecendo, é graças ao leitor;, comemora.
Uma pausa
Para agradecer ; e arrebatar ; o leitor, ele não hesita em colocar o pé na estrada. Em 2013, bateu o recorde e passou por Poços de Caldas (MG), Juazeiro (BA), Salvador, Ouro Preto (MG), Urupês (SP), Curitiba e Caixias do Sul (RS) para participar de feiras do livro e encontros com os leitores. Também foi um dos convidados da Bienal do Livro do Rio de Janeiro. ;O escritor hoje tem que se expor, senão fica esquecido. Você tem que ir atrás do leitor. Vamos lá, seguir o leitor pra cima e pra baixo;, acredita. Por conta desse ;pra cima e pra baixo;, o baiano precisou, mais uma vez, fazer uma pausa na escrita do próximo romance. O último, ele lançou em 2006. Pelo fundo da agulha fecha a trilogia iniciada com Essa terra ao revisitar o personagem envelhecido e em busca de raízes que já não existem mais. A tragédia marca a saga de Totonhim. ;Por trás disso tem um ensaio sobre o envelhecer;, avisa o autor.
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