O norte-americano Robert Crumb é referência universal para quem faz e lê quadrinhos. O autor de trabalhos muito conhecidos, como Fritz The Cat, Joe Blow e Snoid, está no imaginário de leitores desde os anos 1960. Sua atuação na cena underground, com distribuição em portas de bares e universidades de seus desenhos, impublicáveis na época em que as grandes editoras só queriam saber de super-heróis e personagens ligados ;aos valores da sociedade;, é de relevância atemporal. A antologia A mente suja de Robert Crumb, edição exclusiva para o Brasil, é uma coletânea dos tempos mais polêmicos do artista.
O sexo é o tema central dos desenhos. A obsessão de Crumb ; garoto impopular e rejeitado pelas garotas na época de ensino médio ; em se dar bem com as mulheres é traduzida em muita libido (e uma boa dose de machismo, segundo o próprio).
No site oficial do quadrinista, há uma seção na qual ele fala o que pensa de várias personalidades conhecidas. Na parte em que expõe seus pensamentos sobre Hugh Hefner, Crumb deixa claro que o fato de ter rejeitado trabalhar para ele se deu pelas rígidas regras às quais o criador da revista Playboy submetia seus empregados. ;O dinheiro era excelente. Mas eu sabia que não teria liberdade, Hefner não me daria isso. Dinheiro não era importante para mim na época;, relata. ;No underground, havia tanta liberdade, que acabei ficando mimado. Sim, era tudo questão de liberdade. Eu não conseguia me curvar a homens como ele;, emenda.
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