[SAIBAMAIS]Dear life, uma coletânea de 15 contos que Munro jurou ser a última,
é uma despedida meio capenga. Em recente entrevista, logo após receber o Nobel, a escritora revelou
que continua pensando em novas histórias e, por isso, não está mais tão certa assim de sua
aposentadoria. Combinado com o prêmio, o anúncio levou Dear life ao topo das listas de mais
vendidos, deixando para trás títulos como Cinquenta tons de cinza , de E. L. James, e
Morte súbita, J. K. Rowling. O décimo quarto livro da autora tem também uma história
assumidamente biográfica e reúne uma coleção de narrativas que retomam um velho hábito de Munro:
pescar na província de Ontário, especialmente no campo e cidades pequenas, os personagens, cenas e
paisagens descritos nos contos.
Simplicidade
Após ler três ou
quatro contos, o leitor descobre que a tensão de Munro não carrega nenhum obviedade, embora seja
onipresente inevitável. A tragédia que acomete a vida dos personagens resulta simplesmente da
condição humana dos protagonistas, habitantes de um interior de aparência pacata, prisioneiros de um
tempo nem sempre explícito. As histórias datam, seguramente, de um período posterior à Segunda
Guerra, mas não estacionam no passado. Há muito do presente em alguns contos.
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