Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Max de Castro antecipa como será o encontro de instrumentistas no Rio

O cantor vai apresentar um repertório sem vocal, com exceção da música "Eu também quero mocotó"



Ao lado de Wilson Simonal, na década de 1960, Chaves mesclou samba, jazz e suingue e gerou o gênero que ficou conhecido como ;pilantragem;. Entre outros, excursionou com Elis Regina. Eu também quero mocotó ficou conhecida não somente pelos arranjos, mas por conta de uma apresentação antológica no Festival Internacional da Canção, em 1970. O negro Chaves sobe ao palco e, no decorrer da performance, recebe afagos de duas dançarinas loiras. Em plena ditadura, o escândalo era iminente. A carreira despencou vertiginosamente e o artista passou a ser perseguido pelos militares.

[SAIBAMAIS];Quebramos muito tabus. Prefiro pensar que a reação de hoje seria diferente. Embora, ainda vemos por aí resquícios de homofobia, racismo e outros preconceitos;, comentou Max, que promete animar o baile com o melhor do repertório do paulista, morto em 1974.

Além de Max, consagrados instrumentistas se apresentam nas três principais noites do evento. Entre eles, o pianista Wagner Tiso e o aclamado trombonista Raul de Souza.

CopaFest

Festival de música instrumental brasileira. Shows com Max de Castro, Wagner Tiso, Raul de Souza, entre outros. Entre quinta e domingo, no Copacabana Palace, Rio de Janeiro. Ingressos a R$80. Não recomendado para menores de 16 anos.