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Diversão e Arte

Aos 25 anos, 'Chucky' abandona o humor e volta às raízes do terror

O filme, produzido quase 10 anos depois do quinto título da série, será lançado diretamente em DVD e Blu-ray no Brasil em 7 de novembro, assim como ocorreu nos Estados Unidos

Los Angeles - Chucky, o famoso brinquedo assassino que usa macacão jeans e tem uma vasta cabeleira, comemora 25 anos com "A maldição de Chucky", sexto filme da série, que abandona o humor irônico para voltar às raízes do terror. O filme, produzido quase 10 anos depois do quinto título da série, será lançado diretamente em DVD e Blu-ray no Brasil em 7 de novembro, assim como ocorreu nos Estados Unidos.



[SAIBAMAIS]"O Filho de Chucky" (2004) cometeu o erro de seguir pelo mesmo caminho, admite Mancini. O gosto pela ironia no cinema de terror começava a declinar para dar espaço ao "pornô tortura" ("Jogos Mortais", "O Albergue", entre outros), com a exposição de uma série de mutilações. "O gênero terror reflete o que está acontecendo na cultura. Os anos 90 foram uma época feliz, em geral, nos Estados Unidos. As coisas pioraram muito na década seguinte", explica Mancini. "Os monstros do cinema se adaptam e refletem tudo isto. Acredito que, hoje em dia, ninguém tem vontade de rir com os monstros porque eles estão muito presentes na vida real", destacou.

Em "A Maldição de Chucky", Mancini usou a tradição do cinema de terror gótico: uma casa antiga isolada, uma noite de tempestade, espaços obscuros, uma receita já testada e eficiente. "Adoro a estética gótica, os jogos de sombras, as escadas. Toda a ação acontece em uma noite de tempestade, em uma casa inquietante. Ninguém pode sair, ninguém pode ajudar do lado de fora". E, para colaborar com a sensação de claustrofobia, a personagem principal, Nica (Fiona Dourif, filha de Brad Dourif, histórica voz de Chucky), está presa a uma cadeira de rodas.

Chucky, aos 25 anos, se livrou das cicatrizes e recuperou, pelo menos na aparência, a textura. Mas também perdeu outras características, o que os fãs perceberão rapidamente. "Por exemplo, não sangra mais", disse Mancini. "A mim parece que um boneco inanimado, que ganha vida, é muito mais aterrorizante se forem mantidas as propriedades normais de um objeto inanimado".