Diversão e Arte

Fora do Eixo traz intervenções de vários artistas do Brasil para o DF

Serão 30 intervenções distribuídas por diversos pontos, como Setor Comercial Sul, Museu Nacional da República, Rodoviária, W3, L2, Universidade de Brasília e Conic

Nahima Maciel
postado em 07/09/2013 07:20
Olha o pardal, intervenção de Natasha de Albuquerque ao lado dos postes equipados com redutores de velocidadeA partir de hoje, Brasília vira palco de artistas performáticos de todo o país, com ações que vão tomar conta de diversos pontos do Plano Piloto. A quarta edição do Fora do Eixo chega antenada com o contexto político e preocupada em dialogar com o público. A compreensão imediata das intervenções sem a necessidade de conceitualizações abstratas está entre as características dos trabalhos. Este ano, o evento também carrega uma preocupação: deixar claro que nunca esteve ligado ao movimento Fora do Eixo de Pablo Capilé. Para se diferenciar, os organizadores da mostra que promove intervenções urbanas em Brasília desde 2008 mudaram a grafia do nome para Fora d@ Eixo. "Não temos nada contra eles, mas não temos nada a ver. Eles nunca nos procuraram nem nós os procuramos", avisa Krihna Passos, coordenador do evento.

Durante um mês de inscrições, os organizadores receberam 287 propostas vindas de todo o Brasil. Desse total, a banca formada pelos curadores Fernando Carpaneda, Bia Medeiros e Aslan Cabral, ex-Big Brother, selecionou 23 trabalhos. Serão 30 intervenções distribuídas por diversos pontos, como Setor Comercial Sul, Museu Nacional da República, Rodoviária, W3, L2, Universidade de Brasília e Conic. Nenhuma temática foi sugerida aos artistas, mas Krishna Passos aponta um certo diálogo com a movimentação provocada pelas manifestações de julho por todo o país.

"Vários artistas estão trabalhando com questões bem contundentes. Essa seleção também traz obras com acesso mais rápido, sem precisar do conceito, e há uma preocupação com o contexto no qual os trabalhos estão inseridos", diz o coordenador.

Conheça os destaques desta edição


Hoje
A abertura será orquestrada pelos coletivos Corpos Informáticos e Andaime, no Espaço Piloto (UnB). A ideia é receber os artistas que vêm de fora com performances dentro e ao redor da galeria. Hoje mesmo, alguns artistas começam a realizar as intervenções permanentes. Alex Canuto e Natasha Albuquerque, de Brasília, vão pintar pardais nas pistas ao lado dos postes equipados com redutores de velocidade na L2, e Marco Monteiro, também da capital, vai instalar bonecos infláveis de plástico preto nas saídas de ar do metrô do Plano Piloto, para a intervenção chamada Monstrocidade.

Amanhã
Entre o Museu Nacional da República e a Rodoviária.

15h
Inspirado no livro A modernidade líquida, de Zygmunt Bauman, o coletivo formado por artistas de Brasília e de São Paulo faz uma performance com água para falar das relações entre o indivíduo e a sociedade.

16h
Mineiro de Araxá, Frederico Primata criou a performance Visitas de um quadrúpede para refletir sobre as conexões entre comportamentos dos animais e dos homens. Ele faz um personagem que se comporta como um primata e anda em quatro patas.

18h
O grupo Empreza, de Goiânia, realiza uma Carne-Oficina para tratar de temas como bodyart e criação coletiva.

Segunda-feira

18h
Em Pós-crack, Pedro Borges queima lixo em praça pública e utiliza os resíduos para fazer pinturas. A performance acontece ao lado Museu Nacional da República.

19h30
Formado por artistas do Plano Piloto e de Planaltina, o coletivo TrêsPe vai soltar na Esplanada dos Ministérios 30 pipas brancas para a performance Instantes. Em cada uma estará uma palavra da frase ;Você não pode voar aqui;.

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