O secretário de Fomento e Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, Henilton Menezes, observou que a entrada de outros setores na Lei Rouanet ; como a gastronomia, o artesanato, design, e a moda -, fortalece e mostra um conceito mais amplo de cultura, fazendo com que as pessoas consigam se enxergar como beneficiados pela lei. ;A lei existe há 22 anos e saímos de um orçamento de R$ 300 milhões em 2003 para R$ 1,7 bilhão. Isso acontece porque a demanda está aumentando, porque vários setores criativos estão entrando no escopo da lei;.
Para o diretor superintendente da Abit, Fernando Valente Pimentel, com o conhecimento da Lei Rouanet pelo setor da moda, é possível ficar mais atento sobre as possibilidades que se abrem de apoio à moda brasileira para todo o setor. ;Essa é uma reivindicação antiga e o agora se deu o começo a esse tipo de suporte e incentivo. Ter um projeto aprovado não significa que ele está concluído, porque depois começa uma das fases mais difíceis que é a captação junto às empresas. Tenho certeza de que todas as empresas terão interesse em participar de tudo o que for formar mais uma imagem forte do estilo brasileiro;.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo, Alfredo Bonduki, destacou que o grande benefício da inclusão da moda na Lei Rouanet está relacionado à imagem do país e de seus produtos fora do Brasil. ;A moda divulga a cultura e a arte do país no exterior. Muitas vezes, quando as pessoas entram em uma loja de uma marca brasileira, estão interessadas não só no produto, mas no jeito brasileiro. Isso faz parte da cultura e não existe divulgação mais saudável para o país do que aquela que é feita por meio da moda;.
Ele observou também que o Brasil é conhecido no exterior como um país de ;produção verde; que respeita o meio ambiente. ;É importante divulgar isso, principalmente com tantos desastres ambientais observados fora do Brasil. A divulgação das coisas boas que o país tem reforça nossa imagem no exterior;.