Duas mil pessoas assistiram Recanto, o show que Gal Costa está em turnê no Brasil desde março, e se encantaram com uma performance arrebatadora de uma artista que continua sendo, quase 50 anos depois de iniciada a carreira, a grande intérprete da música popular brasileira.
Acompanhada por Pedro Baby (guitarra e violão), Domênico Lancelote (teclado) e pelo Bruno di Lullo (baixista), Gal abriu a apresentação cantando Da maior importância. Do novo disco ela cantou Tudo dói. No entanto, a apresentação teve espaço para clássicos que sempre integraram o seu repertório como Folhetim (de Chico Buarque de Hollanda e Edu Lobo) e Barato total (de Gilberto Gil). Em Baby e Vapor barato, a plateia se rendeu ao imenso talento da cantora com aplausos calorosos, nos dois momentos mais vibrantes da apresentação.
Em Dia de domingo ela surpreendeu ao imitar Tim Maia, com quem havia gravado a canção de Michael Sullivan e Paulo Massadas. No bis, com a frente do palco tomada por fãs, que durante o show não pouparam elogios à cantora, chamando-a de linda, maravilhosa, gostosa e divina, a intérprete despediu-se em grande estilo ao som de Força estranha e Gabriela.
"Gostei muito do show. Me emocionei bastante ouvindo canções mais antigas como Baby e Meu bem, meu mal. Acho que a excelência da Gal como intérprete ficou ainda mais evidente quando ela usou timbres diferentes em uma das canções. Foi realmente incrível", opinou o empresário Anderson Sirqueira.
"Gal continua sendo, indiscutivelmente, a grande voz da música brasileira. Pra mim, o grande momento do show foi quando ela cantou Baby, que remeteu à época Tropicalista, movimento da qual ela foi musa", disse a estudante de direito Rosângela Venancia.