No sábado, a banda Paralamas do Sucesso foi um dos destaques, focando boa parte do repertório do show (comemorativo nos seus 30 anos de carreira) nos primeiros álbuns da carreira (principalmente Cinema mudo, O passo do Lui, e Selvagem?). Antes do show, Herbert Vianna reforçou a importância em se apresentar no evento. ;O Porão do Rock é uma iniciativa muito bonita, é uma referência muito boa estarmos comemorando 30 anos de carreira em uma cidade onde eu e o Bi (Ribeiro) crescemos. É muito emocionante para nós estarmos nos apresentando neste festival, em Brasília;, acrescenta.
Porém o show mais divertido da noite, sem a menor dúvida, foi da banda Galinha Preta (DF). Com muito humor e um discurso afiado, o vocalista Frango e sua trupe descarregaram no público o melhor do seu hardcore com mais de uma década de história. No mesmo palco, Krisium (RS) e Leptospirose (SP) honraram suas tradições e os norte-americanos do grupo The Mono Men, fizeram um show esvaziado, pois a maioria do público preferiu curtir a competente apresentação do Suicidal Tendencies, no palco oposto.
A maior decepção do domingo foi Mark Lanegan (EUA). Com uma rica trajetória (com a banda Screaming Trees, além de aclamados álbuns solo e belas participações no Queens of the Stone Age), o músico fez o show errado, para o público errado. Acompanhado de dois músicos (com violão, baixo ou guitarra), o som sereno que ecoava dos alto-falantes eram ideais para uma apresentação intimista em um teatro, mas jamais em um palco aberto, para milhares de pessoas. Bocejante.
Primeiro dia
Na noite de sexta-feira (30/8), roqueiros de todas as idades, desde jovens até idosos acompanharam uma maratona que começou às 18 horas, com a banda Penteando Macaco, do Entorno. O melhor show da noite foi do Dead Fish (ES), que empolgou o público selecionando músicas representativas de própria trajetória. O Soulfly, liderado por Max Cavalera, fez a alegria dos metaleiros de plantão, principalmente quando relembrou alguns clássicos de seu antigo grupo, o Sepultura, como Territory, Refuse / Resist e Roots bloody roots.
[SAIBAMAIS]O Capital Inicial desfilou burocraticamente seus hits encantando a plateia que já estava na mão desde o primeiro riff de guitarra. Em compensação, os cearenses do grupo Selvagens a Procura de Lei surpreendeu o público com uma excelente apresentação, amparada em belas melodias, influenciadas pelo rock progressivo nacional da década de 1970.
A banda local Cadibóde e os goianos do grupo The Galo Power também arrancaram aplausos com suas ótimas apresentações.
Infraestrutura
O festival ofereceu uma boa infraestrutura, com praça de alimentação (que apresentou filas, que não demoravam), pista de skate, bungee jump, loja de produtos e rapel. A quantidade de banheiros químicos parecia insuficiente, mas atendeu satisfatoriamente, sem filas. O ponto negativo foi o número extremamente reduzido de lixeiras, colaborando para que o lixo se espalhasse pelo chão. Alguns shows (minoria) também apresentaram problemas pontuais na equalização do som, sem comprometer seriamente as apresentações.