Poucos sabem a história da prensa da marca alemã Mansfeld usada para impressão em litografia no ateliê do Departamento de Artes Plásticas da Universidade de Brasília (UnB). Mesmo quem a utiliza todos os dias desconhece que a máquina pertenceu ao artista Cândido Portinari (1903-1962) e era utilizada por ele para reproduzir imagens por meio de matrizes de pedra calcária.
A história da máquina na UnB começou com a própria inauguração da universidade, em 1962. Foi Darcy Ribeiro, um dos fundadores e primeiro reitor da instituição, quem a trouxe para Brasília. ;Darcy Ribeiro fez a articulação política para trazer a prensa, que estava no Rio de Janeiro, em um ministério;, conta Glênio Bianchetti, professor da instituição à época e responsável pelos últimos arranjos para a transferência do equipamento.
Durante a década de 1980, havia no departamento professores específicos de litografia para lidar com a prensa. Com a saída deles, a máquina ficou parada por pelo menos cinco anos. Segundo o professor de introdução à gravura na UnB, Eduardo Belga, as aulas de litografia foram retomadas no primeiro semestre deste ano, após concurso para professores. Atualmente, Belga e a professora Andrea Campos de Sá, conhecida por Capi, ministram aulas no ateliê. Mas nem mesmo eles sabiam da procedência da prensa.
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