As fábulas do poeta francês Jean La Fontaine ficaram conhecidas no Brasil por meio de adaptações feitas para crianças por Monteiro Lobato e pelo toque de humor de Millôr Fernandes, por exemplo. Quem não conhece a história de O rato e o elefante ou de A galinha dos ovos de ouro? São clássicos que ganharam incontáveis releituras em histórias em quadrinhos, desenhos animados e cinema, além de servirem como referência em obras ficcionais da literatura mundial. Sempre com uma lição de moral, as fábulas mostram animais em situações conflituosas que geram reflexão sobre a própria condição humana. No caso dos textos do fabulista francês, o caráter pedagógico não é o foco, já que o autor é conhecido por ter participado de uma geração de poetas considerados libertinos. Esse aspecto faz de La Fontaine um autor atemporal, cujas fábulas são lidas ainda hoje.
;Elas não são apenas morais, dão além disso outros conhecimentos. As propriedades dos animais e seus diferentes caracteres estão expressos aí; por conseguinte, também os nossos, pois que somos síntese do que há de bom e de mau nas criaturas irracionais. (;) As fábulas são assim um quadro onde cada um de nós se encontra retratado;, diz La Fontaine no posfácio da primeira edição de Fábulas (1668) e que agora chega ao Brasil em edição inédita bilíngue e espelhada, com 36 textos originais selecionados, traduzidos pelo poeta Leonardo Froés, e ilustrados pelo escultor norte-americano Alexander Calder, no livro Fábulas Selecionada.
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