Nahima Maciel
postado em 26/08/2013 08:13
A música de Malena Muyala tem um pé na tradição e outro na modernidade. E que não se fale apenas em tango. O repertório da cantora uruguaia é marcado pela cultura do Cone Sul, e, portanto, tem milonga, candombe e milongón. Ou seja, música popular. E da melhor. Malena Muyala, que faz apresentação única hoje em Brasília, tem nome de tango. No verso de Homero Manzi, Malena canta o tango como ninguém e em cada verso põe seu coração. Os pais da cantora gostavam da música e nomearam a menina. Com o ambiente doméstico envolto em tango, não foi difícil ela mergulhar na música e se tornar uma da vozes contemporâneas mais celebradas do Rio da Prata.
Organizado pela Embaixada do Uruguai para comemorar o 188; aniversário da independência do país, o show de Malena, na Sala Villa-Lobos, terá repertório dos cinco álbuns gravados pela cantora, uma mistura de composições próprias com tangos e milongas de artistas que vão de Carlos Gardel e Homero Manzi a compositores contemporâneos. No palco, ela terá a companhia do violonista Freddy Pérez, do contrabaixista Enrique Anselmi, do baterista Gerónimo de León e do pianista e Gustavo Montemurro, responsável também pelo acordeom.
É do trabalho conjunto desse quarteto que vem a roupagem minimalista e acústica para milongas tradicionais como Pena mulata, de Homero Manzi, e Guitarra, guitarra mía, de Carlos Gardel e Alfredo Le Pera, ambas gravadas no álbum Viajera, Disco de Ouro e Platina em 2007. Modernizar a música cuja raiz está cravada na própria história da bacia cisplatina é também um compromisso assumido por Malena.
Malena Muyala
Hoje, às 20h, na Sala Villa-Lobos (Teatro Nacional). Entrada franca, mediante retirada de ingressos a partir das 12h.
Ouça a música Viajera
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