PRIMEIRO ENCONTRO
Eu era garoto quando ouvia o nome do Cartola no rádio. Herivelto Martins tinha um samba que citava o nome dele; Anos depois, fui conhecê-lo. O destino o levou para a Portela. Ele e Carlos Cachaça foram na quadra da escola e eu fiquei perto, só olhando para ele. Tempos dois, fui no ZiCartola (bar de Cartola e de dona Zica na Rua da Carioca), mas fiquei só na porta, porque não tinha dinheiro. Todo mundo ia lá, Jair da Portela, Paulinho da Viola, Zé Keti. Cartola chegou perguntando quem era Monarco e me apresentei. Ele me chamou para entrar no bar e, no camarim, eu o vi ensaiando a música Acontece. Não consigo esquecer aquele dia. Foi nosso primeiro encontro e dali passamos a ter mais intimidade.
O AMIGO CARTOLA
Adorava ficar perto do Cartola ouvindo as histórias dele. Sempre perguntava como ele compunha determinadas músicas. E ele me explicava. Uma vez, eu, Geraldo Babão, Xangô (da Mangueira) e outros compositores participamos de um concurso que escolheria um samba para o cartunista Lan. Tive a sorte de ver minha composição vencedora, e todos nós, inclusive o Cartola, participamos da gravação. Cartola me convidou para almoçar e ficamos horas conversando. Lembro de perguntar sobre a música O mundo é um moinho. Eu achava que era para alguma mulher que tinha machucado o coraçãozinho dele. Mas não. Ele tinha feito para uma filha adotiva, a Creuza, que foi ganhar vida fácil. Aí, Cartola passou ser meu amigo;
A matéria completa está disponível para assinantes. Para assinar, clique