Los Angeles - O cinema independente se antecipou a Hollywood com "Jobs", o primeiro filme biográfico sobre o cofundador da Apple, Steve Jobs, interpretado por Ashton Kutcher, enquanto a Sony desenvolve outro longa-metragem sobre o inventor falecido em 2011. Exibido no encerramento do Festival de Sundance em janeiro, "Jobs" chega aos cinemas americanos em 16 de agosto (previsão de estreia em novembro no Brasil), precedido pelo frenesi midiático que acompanha tudo relacionado a Apple ou a seu lendário cofundador.
"Steve nunca criou um grande equipamento. Naquela época, sofria um fracasso atrás do outro. Era incrivelmente visionário, mas não tinha a capacidade de levar para a prática o que imaginava". "Ficaria surpreso se o filme retratasse a realidade", afirmou.
Ashton Kutcher respondeu às críticas em uma entrevista ao Hollywood Reporter, na qual afirmou que Wozniak queria que sua contribuição para a Apple fosse representada igualmente a de Steve Jobs. "Mas, claramente, o filme se chama ;Jobs;. É sobre Steve Jobs, sobre a herança deixada por Steve Jobs, então penso que deve concentrar-se mais na contribuição de Jobs para a Apple".
Kutcher também disse que Wozniak colabora com a Sony em outra cinebiografia de Steve Jobs, baseada na biografia oficial escrita por Walter Isaacson e publicada pouco depois da morte do guru da Apple. "Wozniak está sendo pago por outro estúdio para ajudar a defender seu próprio filme sobre Steve Jobs. Assim, sua opinião estará de algum modo conectada a este fato", disse Kutcher.
O segundo projeto ainda está na fase do roteiro, a cargo de Aaron Sorkin, que venceu o Oscar pelo roteiro adaptado de "A Rede Social", sobre a criação do Facebook. O roteirista já revelou que construirá o filme em três fases de 30 minutos, nas quais descreverá Jobs com os lançamentos de três produtos importantes da marca. O filme da Sony ainda não tem diretor nem protagonista definidos.