Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Filme de Ristum, que se passa durante a ditadura, é produzido em Brasília

Estrelas, como Eduardo Moscovis, Jonas Bloch e Murilo Grossi estão em filme de André Ristum, produzido em Brasília

Na entrada do único Bar (e Museu) da cidade, há um aviso pintado com capricho na parede. ;A linha do Tratado de Tordesilhas passa por aqui;. A vontade dos moradores em recolocar o povoado de Olhos D;Água no mapa não é bem registrada em livros de história, mas será um pouco realizada em fantasia cinematográfica. A cidade do interior de Goiás, localizada a pouco mais de100km de Brasília, serve como locação para as filmagens do longa-metragem O outro lado do paraíso, dirigido por André Ristum. A equipe formada por profissionais de Brasília e outros estados se espreme entre caminhões que enchem as ruas de paralelepípedo, enquanto equipamentos cinematográficos são espalhados pela calçada.

Na última sexta-feira, para a perfeita execução de um plano interno em que participava o protagonista interpretado por Eduardo Moscovis, foi preciso contar com a boa vontade dos moradores de um perímetro de pelo menos duas ruas. Ninguém poderia falar enquanto as filmagens eram realizadas.



Não foi a única modificação trazida pelo filme. As fachadas de algumas casas tiveram de receber uma mão de tinta para dar a impressão de novas. Uma delas feita de arquitetura colonial foi transformada em QG da equipe de produção. Dentro dela, a equipe trabalha em computadores de última geração, em nítido contraste entre moderno e o tradicional. No quintal, um dos aposentos foi transformado em camarim. Cerca de 10 moradores da cidade aguardavam ansiosamente a hora de entrar em ação como figurantes rurais. A famosa espera em um set de cinema já durava pelo menos seis horas e impacientava a geóloga Maria Fernandes, pronta desde a manhã. ;A vida de artista não é fácil. Estou quase desistindo.;

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