Cate Blanchett incarna maravilhosamente a instabilidade crônica de Jasmine, sua fuga desesperada e obsessão de encontrar o seu lugar e um conforto ilusório, entre vodka e anti-depressivos.
Ela não precisou amar Jasmine para encarná-la, mas sentiu por ela uma espécie de compaixão. "Eu não acho que você precisa amar (seu personagem). Isso abre a porta para o sentimentalismo. Especialmente com alguém como Jasmine, que faz um monte de coisas desagradáveis ", afirmou.
"Mas se você entender por que um personagem faz o que faz, por que ele age de uma certa maneira, então o seu trabalho é mostrá-lo", explica.
A atriz, que pode ser vista na trilogia "O Senhor dos Anéis", "O Curioso Caso de Benjamin Button" e "Robin Hood", também recebeu algumas indicações de Woody Allen, quando costuma ser alérgica a discussões.
"Ele respondia quando achava as questões interessantes. Caso contrário, ele me ignorava e voltava para o seu Blackberry", brincou.
Para a atriz, o destino de Jasmine é uma triste realidade para muitas pessoas. "Isso acontece em todos os lugares. Quando a autoconsciência está relacionada a um relacionamento romântico, a uma situação financeira, grupo social, e quando estes se tornam indisponíveis, podemos nos encontrar em frente ao espelho, muitas vezes na metade de sua existência, e perguntar: ;Deus, quem sou eu?", disse ela.
"E se você não tem segurança financeira, uma estrutura para apoiá-lo, então a loucura pode se instalar muito rapidamente".