Luiz Gallina não aguentou a enxurrada de sonhos. Vivia duas, três, quatro histórias por noite. Para cada uma, acordava e anotava tudo. Depois, tratava de produzir um trabalho ancorado nos símbolos oníricos e nos estudos psicanalíticos que resolveu tocar ao constatar o sono agitado. A noite do artista e professor da Universidade de Brasília (UnB) virou um inferno naquele início dos anos 1970, e ele resolveu suspender a produção baseada nos sonhos.
Passou quatro décadas debruçado sobre uma narrativa ligada à memória e mais documental, virada que deu vida a belíssimas séries de xilogravuras sobre Brasília e o cerrado. Mas, de seis anos para cá, a confusão da simbologia dos sonhos se organizou na cabeça do artista e voltou ao cardápio de temas. Tábua de esmeralda é o primeiro passo dessa retomada, um livro com 40 xilogravuras, impresso em papel filtro, com tiragem de 15 exemplares e uma sofisticação que incorpora alquimia, psicanálise, religião e até um pouco de mitologia.
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