Logo após publicar o último livro da série Harry Potter, a autora britânica J. K. Rowling encarou com graça os boatos de que estaria escrevendo um romance policial. Não negou nem confirmou, mas no ano passado, publicou Morte súbita, o primeiro livro para adultos após as aventuras do bruxinho. De policial, não tinha nada. O romance tratou de questões sociais e não chegou a ser aclamado pela crítica. Mas, como o nome da autora é sinônimo de sucesso de marketing, o livro vendeu muito bem.
Esta semana, o Rowling voltou às manchetes, mas com um pseudônimo. O jornal The Sunday Times descobriu que o celebrado The cuckoo;s calling (;O chamado do cuco;), assinado por Robert Galbraith e alvo de elogios da crítica, era, na verdade, um romance policial de J. K. Rowling. Com a cumplicidade de seu editor, David Shelley, a escritora publicou o livro com o pseudônimo de um suposto autor obscuro e estreante. Segundo as descrições da editora Sphere, que publicou o livro, Galbraith seria um ex-militar com passagem pelo exército e funcionário de uma empresa de segurança.
Rowling admitiu a autoria do romance e contou aos jornais britânicos que a experiência teria sido libertadora. A pressão e a expectativa diante de sua produção literária teriam levado a britânica a experimentar o pseudônimo. Publicado em abril, The cuckoo;s calling não foi um sucesso de público e vendeu apenas 1.500 exemplares, número regular para um autor desconhecido e estreante, enquanto Morte súbita ultrapassou um milhão de exemplares só na Inglaterra. Já a crítica apontou o romance como revelador de um talento excepcional e, até então, desconhecido.
Alguns críticos, como Peter James, ficaram surpresos com a capacidade de um estreante em articular os personagens e a história de maneira tão brilhante. A escritora Val McDermid, best seller em romance policial na Inglaterra, descreveu a narrativa de Rowling como fruto ;do melhor da tradição do mistério de ficção, o tipo de escrita que me lembra por que gosto tanto desse gênero;.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.