Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Produções sul-coreanas são a nova onda no cinema

Refilmagem de Oldboy por Spike Lee, prêmio a Pietà, de Kim-ki Duk, e convite a os cineastas Kim Jee-Woon, Chan-Wook Park e Joon-Ho Bong para trabalhar em Hollywood colocam em destaque a produção cinematográfica do país asiático

Em 2004, o ex-estudante de filosofia e cineasta sul-coreano Chan-Wook Park libertava um prisioneiro durante o Festival de Cannes. Oldboy, o filme vencedor do grande prêmio do Júri na competição daquele ano apresentava a virulência da estética pop asiática. Ao mesmo tempo, abria os olhos do mundo para a cinematografia da Coreia do Sul, o país no qual ninguém prestava atenção. Cineastas da mesma geração de Chan-Wook foram revelados durante a primeira década dos anos 2000 com pico de histeria trazido pelo sucesso de bilheteria O hospedeiro (dirigido por Joon-Ho Bong, em 2006), o mais lucrativo filme daquele país lançado no exterior.

A chamada Hallyu, a onda de produtos culturais sul-coreana, atingiu primeiro outros países da Ásia e foi assim chamada por jornalistas chineses assustados com o aumento do consumo de produtos culturais do vizinho asiático dentro da China. A onda atravessou oceanos alcançando o lado ocidental do globo. A origem do fenômeno está na política cultural séria que criou o ambiente necessário para a aparição dos talentos do cinema, os nomes que passaram a dominar premiações dos principais festivais do mundo, Veneza (Itália), Berlim (Alemanha) e Cannes (França). Por exemplo, Veneza escolheu como vencedor da última edição o coreano Pietá, de Kim-Ki Duk.