Na frente de um antigo casario do centro histórico de Paraty, uma senhora pergunta: ;Como alguém tem coragem de dizer que o Brasil não consome cultura? Não consegui entrar em nenhum evento até agora!”. Ela tinha acabado de perder mais uma mesa de discussão. Desta vez, com a participação do multifuncional Laerte, uma das sensações da edição anterior da Flip e, mais uma vez, muito assediado.
A rua ficou lotada. Alguns comemoravam uma fresta na janela para, de longe, ver o quadrinista, que participou apenas de um evento paralelo. A insistente senhora desistiu de Laerte e partiu para Casa de Cultura, onde o escritor Ruy Castro falaria sobre o novo livro. Não entrou. Ingressos esgotados.
As cenas quase crônicas são recorrentes em Paraty, que, até amanhã, hospeda o maior festival literário do país. Palestras, sessões de autógrafos, shows e mais uma gama de eventos são disputados por leitores e curiosos, que chegam de todo país e de várias partes do mundo. A fila na bilheteria não tem fim.