Cidade multicultural, Brasília, ao longos de 53 anos, tem acolhido as mais diversas manifestações artísticas. Entre elas, com certeza, a música foi a que mais projetou a capital nacional e internacionalmente. Cantores, compositores, músicos, grupos e bandas de diferentes gerações têm dado contribuição nesse sentido. Atualmente, uma leva de grandes instrumentistas se destaca, principalmente depois de migrar para o Rio de Janeiro.
A origem de quase todos eles é o Clube do Choro, instituição que nos últimos 20 anos tem desempenhado papel importantíssimo na formação profissional desses novos talentos. Quem puxou a fila foi Hamilton de Holanda, hoje, um dos músicos brasileiros mais aclamados no exterior. Radicado no Rio desde 2003, o bandolinista, aos 37 anos, lançou 24 discos ; solo, duo e em grupo ;, conquistou vários prêmios, fez incontáveis turnês por quase todos os continentes e é dono de um selo.
Formado em composição pela UnB, ele criou em 2010, para celebrar os 50 anos da capital, a Sinfonia monumental, com a qual buscou mostrar, musicalmente, as muitas faces da cidade que o acolheu quando tinha 11 meses de vida. ;Devo muito da minha formação pessoal e artística a Brasília, onde meus pais e o meu irmão continuam morando. Vou aí com muita frequência e sempre busco manter contato com músicos mais novos, para estabelecer uma troca de experiência;, revela. ;Fiz a Sinfonia monumental em parceria com Daniel Santiago, extraordinário violonista que integra o quinteto com o qual tenho desenvolvido muitos projetos;, acrescenta.