Mistura é a palavra-chave para entender o som da Academia da Berlinda. O grupo nasceu em 2004, nas ladeiras de Olinda, e une cumbia, guaracha, merengue e surf music com carimbó, maracatu, ciranda e coco. Na verdade, a lista de influências da banda é bem maior. ;Tudo que a gente escuta, vira referência;, resume o baixista Yuri Rabid. Ao lado de Alexandre Urêa (voz e timbales), Tiné (voz e maraca), Tom Rocha (bateria e percussão), Gabriel Melo (guitarra), Hugo Gila (teclados e synth) e Irandê Naguê (percussão e bateria), ele promete agitar o público do Palco Criolina, hoje, no Bar do Calaf.
Depois de quatro anos longe de Brasília, a trupe pernambucana volta para apresentar o segundo disco, Olindance. Lançado em 2011, o álbum segue a linha do trabalho de estreia (homônimo ao grupo): música para dançar agarradinho. Cumbia da praia, Fui humilhado, E então e Lágrimas são algumas que, com certeza, estarão no show desta noite. ;A plateia é muito animada. Desde a primeira vez, percebemos que tinha um pessoal que se identificava com o nosso som. Tem muita gente ligada à música de Pernambuco. Estamos felizes em voltar.;
Em abril, eles comemoraram nove anos de estrada e aproveitaram a festa para gravar o clipe da música Fui humilhado, um dos hits da banda. A letra bem-humorada diz: ;Em minha vida, desde pequeno fui humilhado/Quando eu chegava nas gatinhas, não era considerado/Só porque eu era magrinho, cara de marginal/Agora que eu estou na mídia, sou um cara legal;. O sucesso dessa e de outras canções se dá justamente pela autenticidade. Ouvir o grupo é conhecer parte do cotidiano olindense.