A curiosidade funciona como um motor na vida do bailarino e coreógrafo Rui Moreira. Desde menino, ele não sossega quando se trata de investigar as possibilidades da expressão corporal. Tanto ficou fascinado pela capacidade de fala do corpo humano que acabou tornando-se um dos nomes mais atuantes e importantes da dança contemporânea brasileira. Moreira passou pelas maiores companhias do país antes de fundar seu próprio núcleo de dança, o Será quê?. O desassossego constante fez com que subdividisse a companhia e criasse a Rui Moreira Companhia de Dança, uma estratégia para se manter conectado com a dinâmica da dança brasileira.
Aos 50 anos, Moreira é um homem de muitos projetos e dá conta de todos com competência e lirismo. Recentemente, ele esteve em Brasília com uma coreografia apresentada na 6; Mostra de Dança do Grupo Alaya. A criação foi uma homenagem ao bailarino João Negreiros, integrante do Alaya morto em 2012. Hoje, Moreira se divide entre a criação e as apresentações. Duas de suas coreografias ; Trama de 2001, e Kalunga, de 2011 ; estão em cartaz como parte do repertório do Cisne Negro, companhia na qual o coreógrafo dançou durante três anos. Em dezembro, a São Paulo Companhia de Dança reestreia Azougue, de 2012.