[VIDEO1]
Trinta e quatro anos depois de composta, a letra com nove minutos de duração da música Faroeste caboclo demonstra atualidade invejá-vel e é cantada por jovens que nem mesmo eram nascidos em 1979, quando ela foi criada. De geração para geração, as estrofes estão na ponta da língua de alunos da Universidade de Brasília (UnB). João Paulo Barbosa, de 27 anos, é um deles e não esconde o gosto pelo rock da cidade. O estudante era criança quando a Legião Urbana estava no auge, mas não esquece o primeiro CD comprado ainda adolescente. ;Era o Acústico MTV. Escutei muito Legião e escuto até hoje;, afirma.
Como Gustavo, aqueles capazes de relatar a história de João de Santo Cristo garantem que a memorização surge naturalmente, sem esforço. Outra aluna da UnB que herdou, com a família, o gosto pelas músicas do grupo é Andrea Gomes. Adivinha em quem a mãe se inspirou para chamá-la assim? Em Andrea Doria, da Legião, é claro.
Quem for aos cinemas esperando uma cópia fiel da canção vai se decepcionar. Como avisa o diretor René Sampaio, Faroeste caboclo, o filme, não é um videoclipe da música homônima. O longa traz um enredo mais completo do que a história escrita por Renato Russo, em 1979. Os roteiristas criaram até personagens. No entanto, mantiveram cenas e situações pensadas pelo líder da Legião Urbana. Os produtores fizeram questão de recriar os cenários da Brasília dos fins dos anos 1970 e início dos anos 1980. Filmaram a festa Rockonha, por exemplo, no mesmo local onde ela ocorreu, há mais de 30 anos.
Equipe do filme cantando Faroeste Caboclo
[VIDEO2]