Diversão e Arte

Diretor australiano rebate críticas americanas durante coletiva em Cannes

Baz Luhrmann defendeu o filme O Grande Gatsby, que estreou no 1º fim de semana nas salas de cinema americanas, com mais de 50 milhões de dólares em receita

Agência France-Presse
postado em 15/05/2013 11:45
Cannes - O diretor australiano Baz Luhrmann rebateu as críticas americanas de sua adaptação para o cinema do romance "O Grande Gatsby", que estreou nesta quarta-feira (15/5) no Festival de Cannes em 3D, ressaltando que espera seu público nos cinemas.

Coletiva de imprensa com o diretor australiano Baz Luhrmann durante a abertura da 66 ª edição do Festival de Cinema de Cannes
"Claro que existem críticas. Não devemos nunca aceitar estas críticas. Quando Fitzgerald escreveu este livro, foi tratado como palhaço", declarou em uma coletiva de imprensa, lembrando que também não foi recebido de forma unânime por seus sucessos "Moulin Rouge" e "Romeu e Julieta".



"Quero que as pessoas assistam o meu filme, isso é o que importa", disse, cercado pelos principais atores do filme, incluindo Leonardo DiCaprio, que encarna com sensibilidade o personagem de Gatsby. O filme estreou muito bem no primeiro fim de semana nas salas de cinema americanas, com mais de 50 milhões de dólares em receita.

Coletiva de imprensa com o ator Leonardo DiCaprio durante a abertura da 66 ª edição do Festival de Cinema de Cannes
Como que em resposta àqueles que não tiveram a impressão de reconhecer o espírito do clássico americano em um filme de cores deslumbrantes, festas selvagens e hip hop iconoclasta, apesar da equipe ter insistido no trabalho de pesquisa realizado sobre o livro. "Em Princeton, fomos consultar os manuscritos originais, como faria uma trupe de teatro", contou o diretor.

[SAIBAMAIS]"Nós tentamos transmitir a poesia do texto em todos os momentos", assegurou. "Leonardo muitas vezes perguntou se estávamos à altura do romance, o que era a nossa principal preocupação". "Baz me deu seis livros escritos por Fitzgerald para que eu lesse, conversamos com estudiosos", acrescentou Carey Mulligan, a "Daisy" que assombra todos os sonhos de Gatsby.

"Ele não tem medo de assumir um clássico, seja Fitzgerald ou Shakespeare, e isso é muito arriscado", disse Leonardo DiCaprio, que insistiu na rica "interpretação" do elegante livro escrito há 90 anos. DiCaprio, fascinado por "um personagem trágico, que acaba por perder a sua identidade", sabia que não podia deixar passar o papel quando releu o clássico pela primeira vez desde a adolescência.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação