;Quando eu for, eu vou sem pena
Pena vai ter quem ficar (;)
O que eu fiz é muito pouco
Mas é meu e vai comigo
Deixo muito inimigo
Porque sempre andei direito;
Pena vai ter quem ficar (;)
O que eu fiz é muito pouco
Mas é meu e vai comigo
Deixo muito inimigo
Porque sempre andei direito;
A história singular de Vanzolini foi retratada em documentário de Ricardo Dias, batizado de Um homem de moral (2009). No filme, aos depoimentos do exímio contador de histórias somam-se imagens da cidade de São Paulo e falas de amigos. Vanzolini era casado com a cantora Ana Bernardo e deixa cinco filhos ; todos do casamento com a primeira esposa, Ilze. No Twitter, a neta dele, Patrícia, postou: ;Não há desespero, porque a vida dele foi plena, cheia de tantas alegrias e realizações, e ele deixou coisas tão importantes.; Era um homem múltiplo.
Toquinho fala sobre Paulo Vanzolini
"Em 1968, o Jogral era o bar do Carlos Paraná, ficava na Rua Augusta e era frequentado pela boemia paulistana. Um deles, que habitualmente bebia sua pinguinha por lá, era Paulo Vanzolini. Eu já tinha amizade com ele, um letrista com quem sempre quis fazer alguma coisa. Numa noite, no Jogral, ele chegou para mim e escreveu em um papelzinho duas estrofes. Fiquei com aquele papel, e demorei para fazer a música. Criar uma melodia para uma letra já pronta é um grande desafio. A melodia tem de ter força própria, parecendo que foi feita independente da letra. Ainda mais uma letra de Paulo Vanzolini, objetiva, concisa, exata. Por isso foi trabalhoso achar uma linha melódica natural para ;Boca da noite;, minha primeira canção com Paulo Vanzolini. Depois fizemos mais duas canções, "Noite longa" e "No fim não se perde nada". Vanzolini tinha um estilo próprio de compor e de viver. Cientista da vida e da palavra objetiva. Mais uma lacuna para a cultura brasileira."
"Em 1968, o Jogral era o bar do Carlos Paraná, ficava na Rua Augusta e era frequentado pela boemia paulistana. Um deles, que habitualmente bebia sua pinguinha por lá, era Paulo Vanzolini. Eu já tinha amizade com ele, um letrista com quem sempre quis fazer alguma coisa. Numa noite, no Jogral, ele chegou para mim e escreveu em um papelzinho duas estrofes. Fiquei com aquele papel, e demorei para fazer a música. Criar uma melodia para uma letra já pronta é um grande desafio. A melodia tem de ter força própria, parecendo que foi feita independente da letra. Ainda mais uma letra de Paulo Vanzolini, objetiva, concisa, exata. Por isso foi trabalhoso achar uma linha melódica natural para ;Boca da noite;, minha primeira canção com Paulo Vanzolini. Depois fizemos mais duas canções, "Noite longa" e "No fim não se perde nada". Vanzolini tinha um estilo próprio de compor e de viver. Cientista da vida e da palavra objetiva. Mais uma lacuna para a cultura brasileira."
Veja obras de Vanzolini que ficou conhecida pela voz de outros artistas:
Quando Eu For Eu Vou Sem Pena - Chico Buarque
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Maria Bethânia interpretando - Ronda
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Noite Ilustrada - Volta por Cima
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Pena Branca - Cuitelinho
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