;No Brasil, falta tudo: bons roteiristas, bons diretores, bons produtores. Temos uma produção irregular, que alia grandes filmes com produções precárias.; É assim, sem meios-tons, que o cineasta e teatrólogo Rubens Rewald expressa uma porção de ideias embutidas em parte dos espectadores de fitas nacionais. Para o cineasta e professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), a espinha dorsal de um mau projeto se evidencia numa base: o roteiro. ;Quando ele é ruim, o problema se torna mais evidente até para um espectador mais leigo;, comenta. Ponto nevrálgico de uma produção ; passível de ser escrito e reescrito ;, o roteiro, no Brasil, na visão do diretor do filme Super nada, é elemento relegado. ;Um efetivo desenvolvimento de projeto requer investimento maciço em roteiro. Geralmente, um filme não tem muita verba, no momento da roteirização;, observa o professor que também é corroteirista de Hoje, premiado filme de Tata Amaral, prestes a entrar no circuito.
[SAIBAMAIS]Com mais de 40 anos de experiência, o belga Jean-Claude Bernardet (do clássico longa O caso dos irmãos Naves), ex-professor e orientador de Rewald, foi quem lhe transmitiu motivos para se preocupar com o roteiro. ;Ele tem rigor e é perfecicionista em cada detalhe do roteiro. Busca sempre novas soluções e caminhos para a dramaturgia audiovisual;, comenta.
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