Diversão e Arte

Companhia homenageia Brasília com livro sobre espetáculo Cidade em plano

Em dezembro, a Cia. comemora 25 anos na estrada. A elaboração da coreografia Cidade em plano durou 3 anos. No repertório da Antistatusquo, estão 9 espetáculos

postado em 10/04/2013 07:53

Imagens de cigarras que remetem ao som característico da capital

Os corpos dos bailarinos estão enfileirados no chão, completamente nus. Só não rodopiam no ar porque as páginas do livro (ainda) não permitem uma experiência tridimensional. Mas seus torsos, pernas e movimentos engenhosos parecem superar a distância regulamentar com o leitor, mantida pela frieza do papel. As palavras da autora do livro, a bailarina Luciana Lara, também ganharam uma bossa diferente. Foram coreografadas. Pouco antes de completar 25 anos à frente da Antistatusquo Cia. de Dança, ela lançou, na última semana, a obra Arqueologia de um processo criativo, que, apesar do nome pomposo, faz o contrário de glamourizar: abre as entranhas da construção de um espetáculo, em todas as suas etapas.

;A criação envolve um volume enorme de coisas. São conversas, escritos, reflexões, mas na hora de entregar ao espectador, tudo isso fica de fora;, lamenta Luciana, que elegeu o processo da coreografia Cidade em plano para a publicação. Para ela, revelar o lado escuro que antecede a estreia permite ao público enxergar a dança por um outro viés, com mais confiança e consciência da própria percepção. Bailarinos como Yara de Cunto e Lenora Lobo, fotógrafos, artistas gráficos e equipe técnica também contribuem para este desnudamento do fértil ambiente de bastidores.

Em dezembro, a Cia. comemora 25 anos na estrada. A elaboração da coreografia Cidade em plano durou 3 anos. No repertório da Antistatusquo, estão 9 espetáculos

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