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Americana condenada promoverá livro apesar da reabertura de seu julgamento

Amanda Knox foi condenada em primeira instância a 26 anos de prisão pela morte da britânica Meredith Kercher, em 1º de novembro de 2007

Los Angeles - A americana Amanda Knox dará prosseguimento à promoção de um livro onde conta sua odisseia no sistema judicial italiano, com lançamento previsto para o próximo mês, apesar da decisão da justiça da Itália de reabrir o caso, informou seu editor nesta quarta-feira (27/3).

Na véspera, a Corte de Cassação italiana anulou a absolvição de Knox e de seu ex-namorado italiano, ordenando que sejam julgados novamente pelo assassinato da estudante britânica Meredith Kercher, em 2007, em Perugia. A jovem de 25 anos descreveu a sentença como "dolorosa".

A editora HarperCollins destacou que isso não adia o lançamento das memórias da estudante, intituladas "Waiting to be Heard" (Aguardando para ser ouvida, numa tradução literal), previsto para 30 de abril. Também disse que a agenda de promoção do livro, que inclui uma entrevista de televisão para o mesmo dia, está de pé.



"Como estava previsto, a HarperCollins publicará o livro de Amanda Knox, ;Waiting to Be Heard;, em 30 de abril de 2013, e concederemos as entrevistas que estavam agendadas", disse Tina Andreadis, porta-voz da casa editorial.

Knox e seu namorado na época, Raffaele Sollecito, tinham sido condenados em primeira instância a 26 e 25 anos de prisão, respectivamente, pela morte da britânica Meredith Kercher, em 1; de novembro de 2007. Os dois foram absolvidos em outubro de 2011 depois de quatro anos na prisão na Itália.

Na ocasião, Knox voltou para sua cidade natal de Seattle (estado de Washington, noroeste dos EUA), onde mora atualmente.

Na madrugada de 1; para 2 de novembro de 2007, Meredith Kercher, uma estudante de 21 anos natural de Leeds, foi encontrada seminua e em meio a uma poça de sangue com seu corpo com 43 perfurações de faca no apartamento que dividia com Amanda Knox. A necropsia indicou que a vítima também tinha sido estuprada.

A promotoria afirma que Knox, Sollecito e um terceiro jovem, Rudy Guede, mataram Meredith durante uma noite de sexo, álcool e drogas, um coquetel explosivo que levou o caso às primeiras páginas dos jornais italianos e britânicos.