Confira trechos do livro
Estudantes, advogados, jornalistas, professores, juristas, executivos, médicos, enfim, profissionais para quem o ofício de escrever é parte essencial do dia-a-dia, editam os textos mesmo sem perceber. Releem o trabalho em busca de eventuais erros e chance de aperfeiçoamentos. Esse cuidado é edição empírica, quase intuitiva
Nossa intenção é ir além. Como identificar os principais defeitos? Eles são recorrentes e funcionam como bandeirolas vermelhas fincadas no meio das páginas. Quando os olhos se depararem com uma delas, é hora de pôr o facão ou o pé de cabra em ação.
Para começar, o editor deve prestar atenção a duas características do texto -- gramaticidade e inteligibilidade. Sim, senhor, lamentamos desiludi-lo, mas não há a menor possibilidade de alguém escrever bem sem o conhecimento básico das normas da língua.
A gramática é o esqueleto do texto. Ignorá-lo? Nem pensar. É como se o engenheiro civil desprezasse os cálculos estruturais na construção de um prédio. A obra desmoronará cedo ou tarde. Com o texto ocorre o mesmo. Se não estiver bem escrito, falhará no momento em que atingir o alvo (o leitor). Ou seja, deixará de transmitir a mensagem.