Tomados como sopinha de letras, jogada ao liquidificador, os títulos dos recentes projetos de filme encabeçados por Bruce Willis se prestariam à polêmica. Em pré-produção, Assassino americano, de Jeffrey Nachmanoff (um dos roteiristas de O último desafio, que uniu Rodrigo Santoro a Arnold Schwarzenegger), pode esboçar, ao lado dos recentes Looper: assassinos do futuro, Fogo contra fogo e Os mercenários 2, uma perigosa ode à violência. A postura na defensiva do ator ; que, na imprensa internacional, tem alternado olhares firmes e sem sorrisos com um arsenal de simpatia ; se acentua, pela mais nova empreitada assumida: a continuação de Sin City (de Frank Miller e Robert Rodriguez, sempre pródigos em chafarizes de sangue), em estágio de filmagem. ;Cada um que assiste a estes filmes sabe que todos os feridos e atingidos na tela se levantarão, ao escutarem ;o corta; dado pelo diretor;, demarcou atitude, ao conversar, por exemplo, com a revista Time Out.
Em meio a tanta crueza de tiroteios, testosterona e corre-corre associadas ao ator, fica difícil visualizar um lado B para o ator. Às vésperas de completar 58 anos, o alemão e filho de pai militar Walter traz, literalmente, no corpo as marcas de mudanças. Com tatuagem do dia e mês do casamento com a modelo Emma Heming (34), no seio familiar, dissolveu o olhar de poucos amigos, na mirada diária e terna para a barriga da então grávida mulher. Quase com um ano, a filha Mabel (do pai-coruja, que define a paternidade ;como um show, em nada, mau;) veio a completar a assumida porção ;delicada; de Willis, dado ao convívio com as outras três filhas (todas, de Demi Moore). O suposto sexo frágil, por sinal, entrou como elemento decisivo para a cravada do mais recente sucesso (ainda em cartaz), Duro de matar: um bom dia para morrer. A data de estreia nos Estados Unidos coincidiu com o dia dos namorados, dando satisfação ao ator, frente ao ;poder de decisão feminino;, na ida ao cinema. Em um mês, o acúmulo de US$ 64 milhões atesta a maré de sorte do astro.