Cercada de homens seminus, a galesa Marina Diamandis encarna seu alterego, Electra Heart, em um clipe que aborda com ironia a superficialidade das relações de uma mulher conquistadora.
A mensagem da faixa How to be a heartbreaker é coerente com a proposta do segundo álbum de Marina and the Diamonds, em que a artista escolheu dar vida a uma personagem que é síntese das cantoras de pop descartável. A repercussão do vídeo, no entanto, está longe do que a autora esperava; Marina acredita que os canais de música norte-americanos estão boicotando o clipe por enxergarem mensagens de teor homossexual em suas cenas.
"Estão tendo dificuldades em veiculá-lo [o clipe] em canais musicais porque dizem que é homoerótico", revelou a cantora em entrevista ao jornal britânico Huffington Post. "Penso que é algo grosseiro e ridículo, uma vez que garotas aparecem seminuas e se pegando [em videoclipes] e ninguém diz ;isso é totalmente lésbico e não podemos exibir algo assim na TV;", comentou.
Antes de ter problemas com a interação entre os modelos musculosos de How to be a heartbreaker, Marina já tinha enfrentado atraso no lançamento do vídeo, em setembro de 2012. À época, a artista revelou aos fãs que o clipe havia sido retido por uma decisão da gravadora, que considerava a artista "feia" em certas partes das filmagens.
"Alguém em minha gravadora não me deixa lançar o vídeo porque eu estou feia nele e aparentemente vamos precisar de mais dinheiro e tempo para esconder as partes feias", alfinetou a cantora em sua conta no Twitter. Revoltada com o adiamento, ela chegou a ameaçar "vazar a versão horrorosa para meus fãs".
Depois de lançada, a faixa alcançou sucesso moderado nas paradas britânicas e teve divulgação tardia no mercado dos Estados Unidos. Na noite desta quinta-feira (14/3) a canção ganhou uma versão no seriado Glee;, em pleno horário nobre da TV norte-americana.
Assista ao clipe de How to be a heartbreaker
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