Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Moda ecologicamente correta de Stella McCartney ganha destaque em Paris

A estilista reafirmou o ideal ambientalista, pedindo a manutenção da proibição da caça de ursos polares com fins comerciais



A estilista, que estreou no mundo da moda em 1997, à frente da marca francesa Chloé - que deixou em 2001, para criar sua própria marca dentro da Gucci -, propriedade do grupo de luxo PPR, dirige agora um império estimado em 100 milhões de euros. O crescimento de sua marca, que nunca se desviou dos valores ecológicos, foi de 30% em 2012 e 2011, segundo o jornal econômico francês "Les Echos".

A estilista, vegetariana como a mãe, Linda McCartney, que morreu em 1998, conseguiu este resultado mantendo os compromissos com a causa ambientalista e o desenvolvimento sustentável. Ao contrário da maioria das coleções desfiladas nesta temporada em Nova York, Londres, Milão e Paris, na passarela de Stella não se viu couro, peles ou qualquer outro produto produzido a partir de cadáveres de animais.

A estilista britânica substituiu estes materiais por tecidos orgânicos, como lã e algodão, e mostrou que a palavra "ética" não vai de encontro ao desenvolvimento de uma marca de moda. A organização ambientalista Greenpeace divulgou, em fevereiro, uma classificação das 15 grandes marcas de moda com base em critérios ecológicos, em que criticou empresas como Louis Vuitton, Hermes, Chanel, Alberta Ferretti, Dolce e Prada, por não os levarem em conta.

Em troca, a organização deu uma boa nota à italiana Valentino, por seu compromisso em promover "uma política de compras que implica o desmatamento zero".