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Diversão e Arte

Deborah Blando reaparece com álbum eletrônico e influências orientais

A cantora pop falou ao Correio sobre os atropelos da carreira, a filosofia oriental e o novo disco



Foram sete anos longe da mídia. Porque tão longa ausência?
Eu cansei da vida de loucura, nunca tive vida pessoal, não pude estudar. Comecei muito cedo, sabe. Tinha 12 anos quando gravei o primeiro disco. Fazia show todo fim de semana. A outra parte foi que me deu depressão, pânico. Um cansaço profundo. Muito trabalho, muita cobrança do público, da gravadora. Acabei indo para o caminho errado, o dos medicamentos. Tomei muito remédio. Fiquei robótica. Acabei viciada.

E as alegações quanto ao suposto uso de drogas?
Meu problema maior foi o medicamento, a depressão e o pânico. As drogas foram apenas mais um ingrediente de um panorama maior. As pessoas insistem em falar sobre as drogas, mas tive um problema muito pequeno. Principalmente, quando comparado com outras pessoas que passaram 10 anos com essa dificuldade. Eu passei dois anos com esse problema. Como falo tudo, as pessoas ficam surpresas. Há muita hipocrisia. Muita gente usa, toma remédio, e olha para o outro. Julgando o vizinho, agindo como se não tivessem nada com aquilo.

E agora, como está?
Estou super limpa. Olha, se tenho dor de cabeça, não tomo medicamento. Estou superbem. Sou completamente contra remédio.