Diversão e Arte

Blue Man Group se mistura ao grupo Monobloco na Fundição Progresso

Performance e ritmo brasileiro caracterizaram a apresentação na festa-show, no Rio de Janeiro

postado em 19/02/2013 08:08

Encontro do grupo Monobloco com o Blue Man Group, na Fundição Progresso

Rio de Janeiro ; Coladinho na grade, um casal de idosos esbanjava disposição no último ensaio do grupo Monobloco na Fundição Progresso antes do grande desfile, que percorreu a Avenida Rio Branco e seguiu para a Cinelândia, no Rio de Janeiro. A senhora exibia um belo bronzeado e, com sorriso estampado no rosto, não deixava ver seus olhos escondidos atrás de uma coloridíssima máscara. A seu lado, o marido corria em volta dela e arriscava alguns passinhos animados pelas marchinhas que o Monobloco tocava seguidamente. A dupla era, seguramente, uma das mais empolgadas na festa-show que reuniu o grupo percussivo carioca com o Blue Man Group. Alcançar os dois era tarefa impossível, já que eles pareciam pontos distantes perdidos entre as 5 mil pessoas presentes na Fundição.

O prédio que antes abrigava uma fábrica de objetos de ferro desativada nos anos 1970 está no cartão-postal preferido dos turistas, a renovada e borbulhante Lapa. A Fundição serviu de palco do encontro dos grupos que têm em comum a paixão pelas batucadas e pelo suingue da música brasileira. O trio norte-americano que ainda não conhecia o carnaval carioca parecia fascinado com as pessoas, as músicas e o show de cores. As cores, aliás, são o ponto forte do Blue Man. Conhecidos pelos indecifráveis rostos pintados de tinta azul, o Blue Man, na verdade, é formado por 70 integrantes, que, espalhados pelo mundo, têm shows fixos em locais como Las Vegas e Orlando, e se dividem para dar conta das mega apresentações. Por aqui, apresentaram-se ao lado do Monobloco e mantiveram a postura de totais ;estranhos;. Eles não falam, mas são muito expressivos e interagem com a plateia e os músicos o tempo inteiro. Como extraterrestres que se fascinam com cada novidade, brincaram com os tamborins, pegaram objetos do público, caminharam pelos ritmistas. Antes, arriscaram uns passos, antes embalados pelo bordão ;Prepara, vai!”, onde seguiram coreografias de funk (Créu), kuduro, e se mostraram dispostos e desengonçados. Os três aguentaram com vigor o calor da cidade, que beirava os 34;C, com sensação térmica de 40;C, dentro do enorme galpão.

Performance e ritmo brasileiro caracterizaram a apresentação na festa-show, no Rio de Janeiro

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