Rui Martins - Especial para o Correio
postado em 16/02/2013 11:06
Berlim ; O ator River Phoenix, morto há 20 anos de uma overdose, ressurgiu nas telas do Festival de Berlim, a Berlinale, no frescor dos seus 23 anos, no inédito filme póstumo Dark blood. Isso graças aos esforços do seu realizador George Sluizer, que, em 2007, salvou as bobinas de celuloide, três dias antes de serem destruídas, e procedeu, em 2009, a um longa-montagem do filme, terminado no ano passado.
Quando River Phoenix morreu, inesperadamente, em 1993, faltando ainda 25% das filmagens, o pagamento dos custos do filme inacabado ficou a cargo de uma companhia de seguros, que detêm agora os direitos de uso das películas rodadas e que estavam depositadas no Museu do Filme da Holanda. Em 2007, a companhia de seguros estava prestes a obter o acesso à propriedade desse material com o objetivo de destruí-lo.
Como diz George Sluizer, ;a seguradora está pouco interessada em cultura ou em salvar películas de filme, ela é poderosa e, para ela, o que interessa é dinheiro. Exceto se receber US$ 500 milhões, não vai assinar nenhum acordo de exibição de Dark blood;. Isso significa que o filme póstumo de River Phoenix, fora da competição do Festival de Berlim, mas bem recebido pela crítica, talvez nunca possa ser distribuído para os cinemas e suas exibições ficarão restritas apenas a festivais.