Diversão e Arte

Denilson Monteiro volta às livrarias com a história do mangueirense Cartola

postado em 12/02/2013 10:14



Angenor de Oliveira trabalhou como contínuo, porteiro e lavador de carros. Mas, foi na função de pedreiro que ganhou o apelido que levou pela vida toda e o fez ser reconhecido como uma das figuras mais queridas da cultura brasileira. Para se proteger do cimento e resquícios de obra que cismavam em cair sobre a cabeça, começou a fazer uso de um peculiar chapéu. Graças ao adereço, passou ser conhecido como Cartola. O apelido, porém, não o esquivou das dificuldades que o acompanharam por toda a vida. Os episódios da conturbada e árdua trajetória preenchem o recém-lançado Divino Cartola ; Uma vida em verde e rosa, de Denilson Monteiro.

O fim dessa trajetória, pelo menos, foi feliz. Exatamente como o próprio Cartola previu. ;Minha vida é igual filme de mocinho. Só vai dar certo no final;, dizia entre amigos. Aos 66 anos, gravou pela primeira vez. Foi dado como morto em inúmeras ocasiões e como desaparecido outras tantas. Só morou longe da favela ao nascer (no bairro do Catete, no Rio de Janeiro) e ao morrer (Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio). ;Sofri muito pelo Cartola. Ele passou muitas dificuldades pela vida;, conta Denilson.

Confira a canção Basta de Clamares Inocência na voz de Elis Regina
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Nunca usufruiu de luxos ou teve uma vida abastada. Nem com as gravações de Elis Regina (que atravessou o Rio para buscar pessoalmente a letra de Basta de clamares inocência) ou Cazuza (cuja versão de O mundo é um moinho figura entre as mais aclamadas interpretações do cantor). Quase morreu pobre. E assim o seria, se não fosse Dona Zica, o jornalista Sérgio Porto e a Estação Primeira de Mangueira.



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