Muritiba não tem do que reclamar. Na terça-feira (29/1), ganhou o Global Filmmaking, no Festival de Sundance (EUA), criado por Robert Redford. O prêmio lhe renderá US$ 10 mil (R$ 20 mil) ; além de um ano de cursos e tutela do festival ; para completar o roteiro de seu primeiro longa, O homem que matou a minha amada morta, um drama de vingança que começa a ser filmado em outubro. "É um grande passo ter meu trabalho reconhecido antes mesmo de ser filmado. Sundance é o templo do cinema de invenção, que não segue fórmulas e ousa", exalta o diretor e roteirista.
Aly Muritiba agora faz parte uma nova geração de cineastas brasileiros com referências múltiplas. Ele cita Michael Haneke (Amor) e os belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne, de O garoto de bicicleta (2011), como influência e admira a "coragem de Cláudio Assis", cineasta de A febre do rato. Estamos com uma produção instigante, feita por uma galera jovem", diz Muritiba, já emplacando um discurso de diretor experiente: "Temos os filmes soap opera oferecidos pela Globo, mas eles são necessários".