Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Exposição Sorte da Arte fica em cartaz até três de março na Caixa Cultural

Obras de arte nos papeis, criadas por artistas como Di Cavalcanti, Carybé, Glênio Bianchetti, Carlos Scliar e Glauco Rodrigues, entre outros, foram escolhidas para compor a mostra

Brasileiro adora jogos de azar. A grana pode até estar curta, mas sempre sobra um troco para passar na casa lotérica e fazer a fezinha. É assim há mais de 50 anos, quando a Caixa Econômica Federal criou as loterias no país. Sabedores da influência que os tais ;bilhetes premiados; exercem no dia a dia da população, a Caixa tratou de inserir, entre os anos de 1968 e 1986, obras de arte nos papeis, criadas por artistas como Di Cavalcanti, Carybé, Glênio Bianchetti, Carlos Scliar e Glauco Rodrigues, entre outros. Destas, 26 foram escolhidas para compor a exposição Sorte da arte, que a Caixa Cultural Brasília abriga até o dia 3 de março, na Galeria Acervo.

Os compradores dos jogos podiam até não receber nenhum prêmio em dinheiro. Mas, certamente, ao terem acesso às obras de arte, ampliaram seus horizontes. Na iniciativa pioneira da Caixa, implementada seis anos após a criação da Loteria Federal do Brasil, em 1962, as pinturas, os desenhos e as gravuras eram temáticas. Foram encomendadas a mais de 30 artistas brasileiros e faziam referência a datas importantes, como o carnaval, a Independência, o Natal, o São-joão e a Inconfidência mineira. A exposição da Caixa tem curadoria de Cézar Prestes.