Leia um trecho de Giane - Vida, arte e luta
"A movimentação no oitavo andar do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, indicava urgência. Um vaivém repentino de enfermeiras agitadas, transparecendo certo nervosismo, prenunciava o provável atendimento a algum paciente grave ; que logo surgiu no corredor. Mas não estava de maca nem acompanhado por médicos.
O paciente que provocava o alvoroço entre as enfermeiras estava ótimo. Caminhava sozinho, cumprimentando a todos com um dos sorrisos mais famosos do Brasil.
Em passos firmes, corpo atlético precariamente coberto pela roupa hospitalar, o ator Reynaldo Gianecchini se deslocava em direção ao elevador com amplo apoio da equipe de enfermagem. Eram várias moças de branco para apontar-lhe o caminho, ampará-lo, perguntar- lhe se estava tudo bem mesmo, chamar o elevador, esperar o elevador. Seu destino era o segundo andar do hospital, onde ficava a sala dos aparelhos de ginástica. Jamais se vira ali tanta mobilização da enfermaria com um paciente que estivesse indo malhar."